Alheia a tudo
olho, escuto, entendo,
porém não me adapto.
Beijando os olhos da leitura
e sorrindo para as notas musicais.
Penso que de tão únicas que são
somente elas me compreendem.
Estou presente em corpo,
mas não em alma.
Quando nervosa, me pedem calma.
respiro e finjo que nada aconteceu.
É puro fingimento.
Tão fora do padrão
que chego a achar graça.
Imagino o que pensam de mim.
Será que ao menos lembram de mim?
Cansada, clamei por atenção,
tentei forçar uma amizade,
Porém, encontrei apenas sorrisos sem respostas
e olhares não sustentados.
Me dei por vencida.
Voltarei a beijar com ternura
os olhos da literatura.
E a sorrir com carinho
para as canções.
Elas narram um amor de verdade.
Nunca mentem.
Sorriem pra mim e sustentam meu olhar.
Minhas melhores companheiras.