domingo, 30 de outubro de 2011

Retórica.

 A dor que há em mim é tão viva e pulsante como esse amor, que corrói cada centímetro do meu peito.
 Luto, a cada momento para me desvencilhar desse coquetel de sentimentos.
 Te amar anda me deixando amarga. Fria. Seca. Estúpida.
 Sou um rio prestes a transbordar.
 Cada dia sinto minha alma mais longe.
 Necessito tanto por fim nisso tudo, nesse excesso de amor, nesse excesso de descaso, excesso de desprezo, excesso de "é só amizade", excesso de "eu te amo" sem provas, excesso de abraços sem braços, excesso de cama vazia, excesso de coração doente, excesso de beijos sem respostas.
 Preciso me retirar desse abismo que eu adoro cair.
 Quero voltar a me sentir viva, mas caio novamente naquele dilema: minha vida é você.
 Quero voltar a SER feliz e não a ESTAR feliz.
 Sei, que apesar de tudo, amanhã acordarei me perguntando, mais uma vez: por que você não é minha?
 Sei que esse será apenas mais um texto que você não lerá, mas se eu não falar para o meu "você" o rio que sou transbordará.
 Como já disse Caio Fernando Abreu, "é que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais." 
 Do verbo doar ou do verbo doer?
 Mais uma retórica que ninguém responderá.

domingo, 16 de outubro de 2011

Mulheres de Atenas.

 Essas mulheres fortes e eficientes,
 trabalham, pensam com rapidez.
 Mansas como mães, 
 vorazes como leoas.
 Descontraem o ambiente com a risada sincera.
 Alegra a todos sorrindo, mas logo se concentram novamente.
 Mulheres espertas, me arrancam suspiro,

 as admiro,
 pela leveza feminina,
 pela força no olhar.
 Sempre alegres e focadas.
 São belas leoninas,
 Criativas aquarianas,
 Piscinianas sensíveis.
 Pela força das de touro
 e pela liberdade das de gêmeos.
 E ainda dizem que mulher é o sexo frágil,
 Que mentira absurda!