domingo, 29 de maio de 2011

A vida nos olhos.

 Eu não sei quem sou.
 Olho meus olhos e vejo tudo que um dia eu fui.
 Tenho sonhos. Muitos.
 Não recuso a minha verdade.
 Sou inconstante, amante da boa música.
 Sonho com a liberdade.
 Quero viver sozinha, mas com um amor por perto.
 Quero viajar.
 Conhecer lugares e pessoas.
 Me apaixonar.
 Me desapaixonar.
 Sucumbir as vontades.
 Estudar culturas e idiomas.
 Morar só.
 Morar com amigos.
 Comprar um cachorro.
 Me conhecer, me descobrir.
 Descobrir minha identidade para poder viver uma via calma, de uma pessoa completa, que realizou seus desejos, sonhos e vontades.
 E depois, me calar, aproveitando a velhice e tendo nos olhos as lembranças frescas de tudo que um dia fui, que um dia vivi.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nem tento entender.

Eu não me entendo. 
Não sei explicar isso que sinto por você, essa vontade de te ver e te tocar. 
Essa saudade de uma coisa que eu nunca tive, esse amor irreal, essa dor que salta do meu peito pelos olhos, amor sem limites. 
Olhos. 
Quando os fecho, sinto como você me abraçando. 
Parece que me envolve, me segurando, me amando. 
É incrivel. 
Mas você não está aqui. 
Apesar de eu te sentir, você não está. 
Porém, apesar da distância que separam nossos corpos, nossas realidades, nossas idades (são 23 anos), nossas vidas,sinto você perto.
Mais que perto. Sinto você dentro. 
Dentro de mim. 
Você entrou sem que eu percebesse, porém não sairá sem ser notada. 
Creio que nunca sairá. 
Não quero que saia. 
Imploro que "resta", pois sem você sou só mais uma mulher cheia de sentimentos, ideias, criações, supertições e inseguranças, mas sem o brilho que habita meus olhos, sem a delicadeza de quem escreve e o sorriso dos apaixonados. 
Ai, o sorriso.
Esse riso incontrolável, que tem seu nome. 
Nome de mulher forte, de poeta feminina. 
Nome de Ana Carolina.

sábado, 21 de maio de 2011

O amor engole.

 As vezes tenho medo.
 Medo que meus sonhos
 de liberdade,
 de independência,
 virem deprimentes pesadelos.
 De solidão.
 De abandono.
 Porém, tenho medo também
 que na tentativa a "não solidão"
 se transforme em um monstro.
 Monstro esse que ilude, que sufoca.
 Monstro que destrói seus sonhos em meio a beijos e abraços.
 Será que vale a pena
 trocar os ideias de uma vida
 por um "até que a morte nos separe"?

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Alma quente, noite fria.



 O calor dos nossos corpos
 me consolam nas noites frias.
  Acolhem minha alma do gelo da humanidade.
 E seus beijos calmantes
 me tranquilizam feito Rivotril.
 Durmo imobilizada no seu abraço,
 sempre em estado de graça.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O amor permaneceu.

 Não é mais igual.
 Não sei se foi você que mudou.
 Ou talvez eu não seja mais a mesma.
 Não somos mais uma da outra,
 como um dia fomos.
 Nossos assuntos não são mais o mesmo.
 Nem nossos intereses,
 Nem nós.
 Mas ainda nos amamos.
 Por mais que sejamos diferentes, nos amamos.
 E isso é a unica coisa que realmente importa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sonhando Sonhos e Morrendo Vidas.

 Cansada de fazer coisas que não quero.
 De sonhar sonhos irreais.
 De viver amores desleais.
 De fugir dos ilegais.
 De matar os imortais.
 Cansada de tentar viver uma vida com esmero.
 Cansada de tentar inovar esse velho mundo velho.