Tento encontrar aquilo que me falta.
Respira.
Inspira.
De novo.
Ando pela casa como se fosse encontrar perdido nos cantos aquilo que me fará retornar a vida.
Realmente encontro nos cantos, não os da minha casa, mas nos cantos refugiados de mim, aquele lugar que não limpo a algum tempo e sobrou ''raspas e restos'' do que fui, do que sonhei ser e do que sou agora.
Encontro-me em cantos, no canto dos falsos poetas cantores que emprestam a alma para sentir algo que nem sempre sentem.
Mas eu sinto.
Sento nos longínquos ''corredores da minha alma'' tentando entender aonde parei de ser o que era e passei a ser o que sou.
O que sou me agrada?
Talvez.
O que me falta?
Talvez seja só o abraço do melhor amigo.
Só a risada da amiga irmã.
Só o afago da mulher amada.
O que me falta?
Um combo especial, com abraço sem pressa, carinhos avulsos e risadas a toa.
Amor de verdade!
O que me falta é aquilo que sempre tive em épocas separadas, de pessoas diferentes, em doses homeopáticas.
Homeopatia nunca funcionou comigo.
Para suprir toda essa minha falta preciso mesmo é de um amor de overdose.
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